A constituição de empresa é um momento de entusiasmo e expectativa, mas também pode ser um campo minado para os menos preparados.
Muitos empreendedores mergulham de cabeça no sonho de ter o seu negócio próprio, sem perceberem os detalhes.
Porém, são estes detalhes que no futuro podem transformar esse sonho num verdadeiro pesadelo burocrático e financeiro.
Nas próximas linhas, vamos explorar os cinco erros mais cometidos ao abrir uma empresa, que lhe podem sair (muito) caros mais tarde.
Erros fatais na constituição de empresa: o que pode arruinar o seu negócio antes mesmo de crescer
O mercado é impiedoso com os desprevenidos. Muitos negócios fecham nos primeiros anos, não porque a ideia seja fraca, mas porque a base foi mal estruturada.
Antes de assinar qualquer documento, passar horas no Portal da Empresa ou correr para o contabilista, é essencial evitar os erros que já levaram outros empreendedores à ruína.
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Escolher a estrutura errada e criar uma “bomba-relógio” fiscal
Para a devida constituição de empresa é fundamental optar pelo melhor enquadramento jurídico. Empresário em Nome Individual, Sociedade Unipessoal por Quotas, Sociedade por Quotas…
Cada modelo tem implicações fiscais e legais que podem impactar a rentabilidade e até mesmo a sua responsabilidade sobre dívidas.
Escolher mal pode significar pagar impostos desnecessários ou, pior, arriscar o património pessoal.
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Ignorar o contrato social: a receita perfeita para conflitos
O contrato social é o equivalente a um “acordo pré-nupcial” empresarial. Por isso, quando aparecem os primeiros desafios, um contrato mal redigido pode transformar uma simples discussão numa guerra de tribunais.
Quem decide o quê? Como são distribuídos os lucros? O que acontece se um sócio quiser sair?
Se estas questões não estiverem bem definidas, prepare-se para dores de cabeça e custos elevados com advogados.
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Subestimar os impostos e acabar no radar das Finanças
As Finanças não perdoam. Muitos empreendedores concentram-se no crescimento do negócio e esquecem-se de que um erro fiscal pode ser a queda definitiva.
IRC, IVA, Segurança Social… A falta de planeamento financeiro pode gerar um efeito bola de neve e transformar o lucro em débitos acumulados.
E lembre-se: mesmo que a empresa não esteja a faturar, algumas obrigações fiscais continuam a existir.
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Tratar os funcionários como “recursos” e não como pessoas
A legislação laboral portuguesa protege os trabalhadores, e por um bom motivo.
No entanto, muitos dos novos empresários contratam sem conhecer as obrigações legais e acabam envolvidos em processos trabalhistas.
Contratos mal feitos, falta de registo na Segurança Social, pagamentos abaixo do mínimo exigido…
Pequenos “atalhos” para poupar podem sair caros mais tarde.
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Esquecer-se de registar a marca e perder tudo subitamente
Imagine investir anos num nome, criar uma identidade forte e, de repente, descobrir que outra empresa registou a sua marca primeiro. Já aconteceu com muitos.
Não registar o nome comercial no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) pode significar, no futuro, processos judiciais ou a obrigação de mudar toda a identidade do negócio.
Evitar esses erros é essencial para garantir que a sua empresa tenha uma base sólida e possa crescer sem surpresas desagradáveis.
A constituição de empresa vai muito além de escolher um nome e abrir atividade. Um planeamento cuidadoso e o apoio de profissionais experientes podem evitar armadilhas jurídicas e financeiras.
Se quer garantir que a sua empresa começa com o pé direito, fale com a equipa da PH Advogados. Estamos prontos para ajudar a estruturar o seu negócio de forma segura e eficaz.
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